Com as novas organizações familiares,
com mulheres no mercado de trabalho em número igual ou até maior que os homens,
com diversas famílias que optam por não ter filhos e com as pessoas com cada
vez menos tempo para cuidados com o lar, uma preocupação que tem sido levantada
no mundo da geriatria, é quanto a, quem tomará conta dos idosos caso eles venham
a perder a independência.
O assunto foi tema de uma mesa redonda na XXIV Jornada
Paranaense de Geriatria e Gerontologia, que ocorreu nos dias 04 e 05 de abril em Curitiba.
O assunto também foi debatido no painel de
encerramento do congresso, na noite de sábado "Quem vai cuidar de você na
velhice?", o qual teve como base o artigo da antropóloga Miriam
Goldenberg, publicado da Folha de S. Paulo, mostrando que nos últimos dez anos
triplicou o número de pessoas de mais de 60 anos que vivem sozinhas, passando
de 1,1 milhão para 3,7 milhões.
Ela também mostrou que a maioria dos casos de
maus tratos, agressões e abusos financeiros é cometida por parentes e que é
cada vez maior o número de idosos que apostam nas amizades com outros idosos
para ter com quem conviver e se revezar nos cuidados durante a velhice.
Portanto ter amigos e cultivar as amizades na terceira e quarta idade pode proporcionar uma qualidade de vida melhor aos idosos.
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