20 de out. de 2010

O que é a osteoporose?

A osteoporose significa osso poroso, é uma doença osteometabólica que se caracteriza por baixa densidade óssea, resultante da perda gradual e contínua do cálcio armazenado nos ossos.

(Esta porosidade pode ser observada na figura ao lado, em que à esquerda tem um osso normal e a direira um osso com osteoporose. Neste segundo caso o osso é mais poroso, o que o torna mais frágil e com mais facilidade de fraturar).

Assim como todos os tecidos e órgãos do corpo humano, o osso é um tecido vivo. Ao longo de nossa vida, os ossos estão, constantemente, se renovando através de um processo no qual as partes envelhecidas são removidas e substituídas por tecido ósseo novo. Esse equilíbrio é mantido graças a um complexo sistema chamado Remodelamento Ósseo, que envolve células responsáveis pela destruição de osso envelhecido (os osteoclastos) e pela formação de osso novo (osteoblastos) que se sucedem continuamente, com o objetivo de manter ossos resistentes.

Durante a infância e adolescência, uma maior quantidade de osso é formada em comparação com o osso que é removido. Com isto adquirimos, além de estatura, a chamada “MASSA ÓSSEA” que, entre os 25 e 35 anos, atinge seu ponto máximo, também chamado de “PICO DE MASSA ÓSSEA”.

Após a menopausa (por volta dos 50 anos), na mulher e um pouco mais tarde nos homens, o corpo passa a remover osso, mais rapidamente do que sua capacidade em repará-lo, levando progressivamente a um saldo negativo ou perda óssea.

Nas mulheres, esse fenômeno se dá, devido a diminuição na produção do hormônio estrogênio, que inicia-se com a menopausa.O Estrogênio é o hormônio feminino que exerce um importante papel na formação e manutenção da massa óssea. Na falta do estrogênio a perda óssea pode ser excessiva, os ossos se tornam mais frágeis e, portanto, podem quebrar-se com mais facilidade.

Incidência: Estima-se que a osteoporose atinge 1 em cada 4 mulheres na menopausa - após os 65 anos. E segundo a Organização Mundial de Saúde 1/3 das mulheres brancas com mais de 65 anos são portadoras dessa doença e 50% das mulheres com mais de 75 anos tem chance de sofrer alguma fratura em consequencia da osteoporose.

Fatores de Risco

Fatores de Risco não Modificáveis: sexo feminino; idade; história familiar de osteoporose e ocorrência de fraturas ósseas principalmente na mãe. Obs: as mulheres podem perder até 20% da massa óssea nos 5 a 7 anos que se seguem a menopausa, tornando-as mais vulneráveis a osteoporose;

Fatores de Risco Modificáveis: baixos níveis de estrógeno (hormônio feminino); em mulheres jovens, ciclos menstruais irregulares ou ausentes podem ser indicativos de baixos níveis hormonais.

Diagnóstico: o diagnóstico é baseado na história clínica e na pesquisa dos fatores de risco acima mencionados, além do exame físico para identificar possíveis deformidades da coluna vertebral, seguido da solicitação da Densitometria Óssea.

Este é um exame com baixa exposição à radiação que não provoca dor ou desconforto e que possibilita o acompanhamento da evolução da doença, permitindo monitorar o tratamento realizado.

Osteoporose no Homem: ao contrário da mulher que tem seu declínio hormonal por volta dos 50 anos de idade, o homem irá sofrer as consequências numa idade mais avançada, por volta dos 75 anos.Nessa fase da vida o homem praticamente se iguala a mulher nos riscos de fratura. Isso é o que chamamos de osteoporose senil, um processo que, de certa maneira, acaba por afetar todas as pessoas que atinge idade avançada. No decorrer da vida a densidade óssea é influenciada pela hereditariedade, alimentação inadequada, hormônios sexuais, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e excesso de cafeína. Estes são alguns dos fatores que podem contribuir para o surgimento da osteoporose mesmo antes dos 75 anos no sexo masculino.

Tratamento: implica em identificar as causas específicas e tratar a perda óssea. O principal objetivo do tratamento da osteoporose é evitar que ocorram as fraturas.

Algumas orientações:


1-Exercício físico: a atividade física regular fortalece a musculatura e apresenta efeitos benéficos sobre a massa óssea. Mesmo a pessoa sendo portadora da osteoporose é essencial exercitar-se, mas não esquecendo de consultar previamente o médico, que orientará a melhor opção e freqüência das atividades.

2-Sol: a vitamina D é formada na pele pela ação dos raios solares ou obtida através dos alimentos (leite e seus derivados, óleo de fígado de bacalhau, peixes e camarões). Ela é a responsável pela absorção do cálcio que ocorre no intestino. O ideal é incluir 15 minutos de banho de sol (até às 10:00 da manhã e depois das 17:00) na rotina diária.

3-Dieta: o consumo de cálcio aumenta com a atividade física e também é maior na gravidez e lactação. O ideal é incluir na alimentação diária, o leite desnatado e seus derivados (iogurtes, coalhadas e queijos magros), pois são as melhores e mais ricas fontes de cálcio, garantindo o aporte diário desse mineral. As verduras verdes-escuras como brócolos, couve, agrião, espinafre e escarola também contêm cálcio embora em menor quantidade, igualmente devem fazer parte da dieta;

Atenção: a osteoporose não é uma doença inevitável na menopausa, ou seja, nem todas as mulheres que estão na menopausa têm osteoporose.

Conclusão: Devido ao aumento do número de idosos na população, é de extrema necessidade que os profissionais de saúde estejam preparados a essa nova realidade e que planejem programas de prevenção contra a osteoporose, incluindo campanhas que mostrem a importância da reposição hormonal paras as mulheres pós-menopausa; orientações alimentares e de hábitos saudáveis para prevenir a doença. E como o nutricionista, médico e outros profissionais da saúde, a Fisioterapia é de suma importância já que se trata de uma doença degenerativa e o tratamento fisioterapêutico pode minimizar os efeitos degenerativos, melhorando assim, o estilo de vida do paciente.

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