20 de fev. de 2012

Estudo revela-Modo de andar pode indicar propensão para Doença de Alzheimer!!

A velocidade com que um indivíduo caminha pode dar pistas sobre a probabilidade de surgimento da demência em um período mais avançado da vida, afirma um estudo conduzido por pesquisadores americanos.

O estudo segue o caminho de outras pesquisas que também indicaram conclusões semelhantes.
 
Uma pesquisa publicada em 2009 no "British Medical Journal" observou uma "forte associação" entre caminhar lentamente e morrer de ataque cardíaco ou outros problemas cardíacos.

Mais recentemente, outro artigo no "Journal of the American Medical Association" sugere uma relação entre caminhar mais rápido após os 65 anos e viver mais.

Na última pesquisa, coordenada pela especialista Erica Camargo, do Boston Medical Center, os pesquisadores registraram imagens do cérebro, a velocidade da caminhada e a firmeza da empunhadura de 2.410 pessoas com idade média de 62 anos. Ao cabo de 11 anos, 34 haviam desenvolvido demência e 79 haviam tido ataque cardíaco.

De acordo com os pesquisadores, as velocidades mais baixas de caminhada estavam relacionadas a um maior risco de demência, enquanto uma empunhadura mais forte coincidiu com chances mais baixas de ataque cardíaco.

Camargo indicou que o estudo pode servir de base para testes simples para prever o risco de demência ou ataque cardíaco, que podem ser feitos por médicos no próprio consultório. "Precisamos de mais estudos para entender por que isto acontece e para saber se alguma doença preexistente pode ter causado a lentidão da caminhada ou a diminuição da força física", afirmou.

REAÇÕES

As conclusões foram apresentadas no encontro anual da Academia de Neurologia e ainda precisam ser publicada sob o selo de uma revista acadêmica, após a revisão da comunidade científica.

O estudo foi bem recebido por dois especialistas britânicos ouvidos pela BBC. Entretanto, ambos enfatizaram a necessidade de mais estudos para encontrar uma explicação para estas relações.

"Antes que as pessoas comecem a prestar atenção em um apertar de mãos ou a velocidade de cruzar a rua, precisamos de outras pesquisas para entender as razões e os fatores envolvidos", disse Anne Corbett, diretora de Pesquisas da organização britânica Alzheimer Society. "A boa notícia é que há muitas que podem ser feitas para evitar o risco de desenvolver demência: adotar uma dieta equilibrada, não fumar, manter o peso, se exercitar regularmente e checar regularmente a pressão sanguínea o nível de colesterol."

Para Sharlin Ahmed, diretor da organização Stroke Association, para o estudo de ataques cardíacos, trata-se de um "estudo interessante", mas ainda são necessários mais dados. "Cerca de um terço das pessoas que sofrem ataque cardíaco ficam com algum tipo de sequela física, incluindo fraqueza nas mãos e dificuldades de andar. Mas é a primeira vez que vimos uma pesquisa que analisa a presença de sintomas relacionados antes de um ataque", afirmou. "É um estudo interessante, mas precisamos de mais pesquisas antes de concluir que a força de uma empunhadura ou a velocidade de uma caminhada possam determinar os riscos de ataque."

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