Demências de início tardio, comprometimento cognitivo leve e diagnóstico
diferencial dos transtornos do movimento serão os temas abordados pelas médicas
Ivete Berkenbrock, Thaisa Resende e Débora Christina de Alcântara Lopes,
presidente da Seção Paranaense da Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia e também da XXIV Jornada, em mesa-redonda no sábado, dia 5, às
16h.
As demências de início tardio são as
que ocorrem em pacientes acima dos 65 anos e correspondem a aproximadamente 70%
dos casos. Nestas demências estão envolvidos vários fatores de risco, como
hipertensão arterial sistêmica, diabetes, sedentarismo, tabagismo, entre
outros. "A prevalência da demência vascular nesta faixa etaria é maior e,
assim, o que é ruim para o coração, também prejudica o cérebro", explica a
Dra. Ivete Berkenbrock, primeira palestrante da mesa.
Será discutida, ainda, a ocorrência
de depressão na faixa etária maior como fator associado ao desenvolvimento de
demência na velhice e a importância do diagnóstico e tratamento independente da
idade. A médica detalha que "nesta abordagem também será colocada a
influência genética no desenvolvimento da demência por Alzheimer, que nesses
casos tem como maior fator de risco a própria idade, podendo atingir 35% dos
pacientes acima dos 85 anos e até 50% daqueles com mais de 90 anos, segundo
alguns estudos."
Em sua fala, a Drª Débora discorrerá sobre
comprometimento cognitivo leve, o qual se refere a alteraçao de
cognição, com dificuldade nas atividades do dia a dia mas não suficientes para
preencher critérios para demência, o que pode ser confirmado por testes de
memória e informações de acompanhantes. "Cerca de 50% dos pacientes
evoluem para demência de Alzheimer em cinco anos e acredita-se que o deficit
cognitivo seja uma fase inicial da doença. Discutiremos a respeito de fatores
de risco que levam a maior chance de desenvolver demência, bem como exames
laboratorias e possibilidades de tratamento", explica a palestrante.
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