29 de abr. de 2014

Cursos da área da saúde começam a focar no envelhecimento da população

No último dia 22 de abril, saiu uma matéria no site da UOL Educação, em que abordou a nova tendência dos cursos da área da saúde, que estão enfocando o envelhecimento da população.

Notícia interessante e extremamente importante, visto que a população idosa está aumentando e com isto se faz necessária a qualificação dos profissionais que atuam na
área da geriatria e gerontologia.

O envelhecimento da população brasileira tem pautado as discussões nos cursos de graduação ligados à área de saúde. Na Medicina, por exemplo, o tratamento aos idosos já não é mais exclusividade dos geriatras. Os cursos também passam a incorporar novas tecnologias - com o desafio de transformá-las em aliadas de um tratamento mais humanizado.
Para o diretor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Antônio Carlos Lopes, a boa formação é holística. "Isso contempla o bom atendimento para o idoso em todas as áreas", diz. Lopes critica a inserção de aparatos tecnológicos na profissão. "Algumas técnicas esfriaram a relação. Na mão de um médico mal preparado é um perigo", diz.
Na Psicologia, os profissionais passam a dar mais atenção para os idosos que vão para casas de repouso. "É preciso lidar não só com transformações da vida, mas com a internação do idoso", diz a coordenadora do mestrado em Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Inara Leão. Ela destaca ainda a preocupação com grupos e não só com os indivíduos. "O psicólogo vai trabalhar, provavelmente, com escola e não mais com um aluno, assim como há cada vez menos espaço para abrir um consultório e uma tendência de trabalhar com políticas públicas e em empresas", afirma.

24 de abr. de 2014

Brasil vive "Revolução da Longevidade", diz Drº Alexandre Kalache

No dia 27 de março, o médico e presidente do Centro Internacional de Longevidade (CIL), Drº Alexandre Kalache ministrou uma palestra durante o Fórum –A Saúde do Brasil, realizado pela Folha de São Paulo.

(Foto com o escritor Zuenir Ventura e Drª Alexandre Kalache-a direita, no XVII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia em BH)

Nesta palestra, Alexandre Kalache citou dados sobre a evolução, nas útlimas décadas e as estimativas para o futuro, quanto as taxas de fecundidade e expectativa de vida ao nascer.

Ele diz "os brasileiros estão vivendo mais, em 1970 a esperança de vida era de 53,5 anos e hoje ultrapassa os 75 anos. Hoje as brasileiras têm uma média de 1,74 filhos ao longo da vida, enquanto na década de 1970 a taxa era de 5,8 filhos. Daqui a três décadas, nós seremos um país tão envelhecido quanto Japão é hoje. Essa longevidade é uma dádiva, mas traz desafios importantes".

O médico destaca que, nos países desenvolvidos, onde a revolução já ocorreu, houve enriquecimento antes do envelhecimento. Já no Brasil, a população está envelhecendo em condições de pobreza, o que transforma a velhice em fardo.

Para Kalache, é importante executar políticas públicas que garantam a qualidade de vida dos idosos nesses anos de vida que eles ganharam. "Cada vez mais as mortes de pessoas com mais de 60 anos são decorrentes de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que incapacitam e tiram a qualidade de vida da pessoa", afirma.

Segundo dado citado pelo médico, a proporção de mortes de pessoas acima de 60 anos corresponde a 67% do total. O desafio é investir na saúde dos idosos, já que, nessa faixa de idade ela requisita mais recursos. Ele disse que "o grande gasto com saúde geralmente está no último ano de vida".

Contudo, os gastos previstos pelo governo federal com a saúde do idoso não estão sendo aplicados, de acordo com números mostrados durante a palestra. O Ministério da Saúde previu um orçamento de R$ 28,5 milhões para a Política de Atenção à Saúde do Idoso, mas só aplicou R$ 14,8 milhões. Para o Programa de Direitos do Idoso, da Secretaria dos Direitos Humanos, estavam previstos R$ 5,8 milhões, dos quais só R$ 623 mil foram gastos.

ENVELHECIMENTO ATIVO


Ex-chefe do Programa de Envelhecimento e Saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde), Drº Alexandre Kalache acredita que envelhecer com acesso a serviços, renda e autonomia conferem dignidade a essa fase da vida.

"Otimizar as oportunidades de saúde, de educação continuada e de participação na vida social, de modo a alimentar a qualidade de vida significa promover envelhecimento ativo", afirma. 

"Todos devem abraçar o envelhecimento, seja qual for a área de atuação, porque essa revolução está aqui para ficar", concluiu.


 Por: Mariana Bomfim

19 de abr. de 2014

Trabalho apresentado na XXIV Jornada Paranaense de Geriatria e Gerontologia: Avaliação do estado cognitivo dos idosos do CCI de Foz do Iguaçu através do MEEM

Este trabalho realizado no Centro de Convivência de Foz do Iguaçu, foi feito pelas alunas do 5º e 6º período do Curso de Fisioterapia do CESUFOZ-Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu
-Bruna Kunzler, Cristhiane Yoshie Tanaka,Paula Aparecida Novaes Galdino, Tiella Oliveira, sob a orientação das profªs Cristina Ribeiro e Geseli Moschen. 

E foi apresentado na XXIV Jornada Paranaense de Geriatria e Gerontologia, que ocorreu nos dias 04 e 05 de abril em Curitiba.

Parabéns meninas, pelo belo trabalho!!!

Resumo do trabalho:

Introdução: As alterações fisiológicas que podem ocorrer com o envelhecimento podem levar a comprometimentos no estado cognitivo dos indivíduos. Com o passar dos anos algumas habilidades cognitivas se modificam enquanto outras permanecem inalteradas. A cognição se refere á faixa de funcionamento intelectual do ser humano, que inclui atenção, memória, percepção, raciocínio, tomada de decisão, linguagem, entre outras habilidades. O MEEM (Mini Exame do Estado Mental) é um instrumento de avaliação validado, que pode fornecer informações sobre o estado cognitivo dos idosos e rastrear o surgimento de uma possível demência. Os pontos de corte utilizados nessa pesquisa sugerem 13 pontos para analfabetos, 18 pontos para escolaridade em nível de ensino fundamental e médio e 26 pontos para escolaridade em nível superior. 

Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar o estado cognitivo dos idosos do Centro de Convivência de Idosos -CCI de Foz do Iguaçu através do teste do MEEM. 

Metodologia: Os idosos participantes do estudo passaram por uma avaliação fisiogerontológica e pelo teste do MEEM. Foi feito um levantamento dessas avaliações juntamente com o teste, sendo observados e contabilizados os resultados, assim foi possível avaliar o estado cognitivo desses idosos. 

Resultados e discussão: 43 dos 50 ido
sos avaliados eram mulheres (86%). A idade media dos idosos era de 66,58 anos. O nível de escolaridade dos idosos avaliados mostrou que 12% são analfabetos, 68% tem escolaridade em nível de ensino fundamental, 18% tem escolaridade em nível de ensino médio e 2% tem escolaridade em nível de ensino superior. Dos idosos analfabetos somente 16,6% apresentou score do MEEM abaixo dos valores do ponto de corte, os demais 83,4% apresentaram valores esperados. Dos idosos com ensino fundamental apenas 8,8% apresentaram score de MEEM abaixo dos valores do ponto de corte, os demais 91,2% apresentaram valores esperados. Dos idosos com ensino médio apenas 11,11% apresentaram score de MEEM abaixo dos valores do ponto de corte, os demais 88,89% apresentaram valores esperados. Dos idosos com ensino superior 100% apresentou valores esperados. Os resultados obtidos se aproximam do que é esperado dos idosos de CCI, por serem ativos, praticarem atividades físicas regulares e realizarem atividades que estimulam a cognição, propiciadas no CCI. 

Conclusão: Concluiu-se com essa pesquisa que os idosos do CCI de Foz do Iguaçu têm um estado cognitivo considerado normal para a sua idade e nível de escolaridade.

15 de abr. de 2014

Quem está cuidando dos idosos?

Com as novas organizações familiares, com mulheres no mercado de trabalho em número igual ou até maior que os homens, com diversas famílias que optam por não ter filhos e com as pessoas com cada vez menos tempo para cuidados com o lar, uma preocupação que tem sido levantada no mundo da geriatria, é quanto a, quem tomará conta dos idosos caso eles venham a perder a independência.

O assunto foi tema de uma mesa redonda na XXIV Jornada Paranaense de Geriatria e Gerontologia, que ocorreu nos dias 04 e 05 de abril em Curitiba.

O assunto também foi debatido no painel de encerramento do congresso, na noite de sábado "Quem vai cuidar de você na velhice?"o qual teve como base o artigo da antropóloga Miriam Goldenberg, publicado da Folha de S. Paulo, mostrando que nos últimos dez anos triplicou o número de pessoas de mais de 60 anos que vivem sozinhas, passando de 1,1 milhão para 3,7 milhões. 

Ela também mostrou que a maioria dos casos de maus tratos, agressões e abusos financeiros é cometida por parentes e que é cada vez maior o número de idosos que apostam nas amizades com outros idosos para ter com quem conviver e se revezar nos cuidados durante a velhice.

Portanto ter amigos e cultivar as amizades na terceira e quarta idade pode proporcionar uma qualidade de vida melhor aos idosos.

12 de abr. de 2014

Trabalho apresentado na Jornada Paranaense de Geriatria e Gerontologia: Percepção do idoso, do Posto de Saúde do Morumbi III em Foz do Iguaçu, frente à vacina da Influenza


Trabalho apresentado na Jornada Paranaense de Geriatria e Gerontologia em Curitiba, no dia 04 de abril.

Parabéns a enfermeira Jussara Cordeiro, pela realização da pesquisa e pela equipe de professores que ajudaram na elaboração do resumo e do pôster para a jornada-Tiago Ribeiro da Silva, Pedro Reis, Jediael Camargo, Lisete Lima, Elton Valentini.

Introdução: Este estudo aborda a percepção do idoso em relação à vacina da influenza, uma vez que as campanhas de vacinação não atingem toda a população idosa, pois há pessoas resistentes em tomar vacina por não acreditarem em sua eficácia.
 
Objetivo: Foi analisar a percepção do idoso frente à vacina da influenza, tendo como público alvo os idosos que participam de grupos de Estratégia Saúde da Família, verificando dados coletados em formulário na Unidade de Saúde. Os objetivos específicos foram verificar o nível de conhecimento dos idosos em relação à vacina, levantar a cobertura vacinal de influenza na população acima de 60 anos e apresentar estratégias de ação para as equipes de saúde trabalharem para aumentar o esclarecimento dos idosos e seus familiares sobre a vacina da influenza.
 
Metodologia: A abordagem utilizada na pesquisa foi qualitativa descritiva, realizada por meio de uma pesquisa de campo constando de um questionário aplicado a 35 idosos no Posto de Saúde do Morumbi III, na cidade de Foz do Iguaçu.

Resultados/conclusão: Os resultados levaram à conclusão de que a maioria dos idosos foram vacinados e os que ainda não têm o hábito de tomar a vacina anualmente devem ser esclarecidos sobre o assunto de maneira mais eficiente. Diante disso, torna-se necessário aos profissionais da saúde desenvolverem estudos com a finalidade de atualizar os meios de conscientizar os idosos e seus cuidadores a respeito dos direitos em relação ao atendimento de saúde, esclarecer sobre as vacinas que podem contribuir para melhorar a qualidade de vida da terceira idade. Assim, estratégias de trabalho nas unidades de saúde, podem melhorar as informações dos idosos, pois um dos problemas da vacina é a ausência de conhecimentos a respeito dos benefícios da mesma, provocando a desistência deste benefício de saúde preventiva. Assim, há a necessidade de se desenvolver campanhas de esclarecimento na mídia e na sociedade, como nos clubes de serviço, igrejas, e nos postos de saúde. O que poderá tornar uma das ações das Estratégias Saúde da Família verificar e controlar a vacinação da terceira idade na sua área de abrangência. Criar panfletos esclarecendo os idosos sobre os danos da influenza e os benefícios da vacina e fazer com que os agentes de saúde verifiquem as indicações das carteirinhas de vacinação dos idosos.
 
Considerações finais: Não se pode deixar de observar que a enfermagem é uma ação humana educativa, pois carrega em si as concepções de vida de cada indivíduo.

5 de abr. de 2014

A fragilidade no paciente idoso será discutida em mesa-redonda na Jornada Paranaense


A fragilidade no paciente idoso, seja ela emocional, social ou física, deve ser tratada com o máximo de atenção, afinal todas interferem na qualidade de vida do paciente. 

Com a participação de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, ao longo de duas mesas-redondas durante o segundo dia da Jornada, serão debatidos os conceitos, quadro clínico e estratégias de prevenção e tratamento de cada um desses aspectos. O trabalho não se resume a apenas um profissional, sendo necessária a participação de uma equipe multidisciplinar para que o tratamento seja eficaz.


"A fragilidade é conceituada como uma síndrome clínica, que pode ser identificada por várias características. Entretanto, ainda não há um consenso acerca da sua definição, por isto da relevância da discussão do tema. A fragilidade tem alta prevalência na população idosa, que aumenta com a idade e leva a riscos de adversidades na saúde, como a institucionalização, quedas, hospitalização e mortalidade", explica a fisioterapeuta Cristina Ribeiro, que ministrará a palestra "Estratégias de prevenção e tratamento" no sábado, dia 5, às 8h.

4 de abr. de 2014

Neuropsicogeriatria será uma das temáticas da Jornada Paranaense

Demências de início tardio, comprometimento cognitivo leve e diagnóstico diferencial dos transtornos do movimento serão os temas abordados pelas médicas Ivete Berkenbrock, Thaisa Resende e Débora Christina de Alcântara Lopes, presidente da Seção Paranaense da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e também da XXIV Jornada, em mesa-redonda no sábado, dia 5, às 16h.

As demências de início tardio são as que ocorrem em pacientes acima dos 65 anos e correspondem a aproximadamente 70% dos casos. Nestas demências estão envolvidos vários fatores de risco, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, sedentarismo, tabagismo, entre outros. "A prevalência da demência vascular nesta faixa etaria é maior e, assim, o que é ruim para o coração, também prejudica o cérebro", explica a Dra. Ivete Berkenbrock, primeira palestrante da mesa.

Será discutida, ainda, a ocorrência de depressão na faixa etária maior como fator associado ao desenvolvimento de demência na velhice e a importância do diagnóstico e tratamento independente da idade. A médica detalha que "nesta abordagem também será colocada a influência genética no desenvolvimento da demência por Alzheimer, que nesses casos tem como maior fator de risco a própria idade, podendo atingir 35% dos pacientes acima dos 85 anos e até 50% daqueles com mais de 90 anos, segundo alguns estudos."

Em sua fala, a Drª Débora discorrerá sobre comprometimento cognitivo leve, o qual se refere a alteraçao de cognição, com dificuldade nas atividades do dia a dia mas não suficientes para preencher critérios para demência, o que pode ser confirmado por testes de memória e informações de acompanhantes. "Cerca de 50% dos pacientes evoluem para demência de Alzheimer em cinco anos e acredita-se que o deficit cognitivo seja uma fase inicial da doença. Discutiremos a respeito de fatores de risco que levam a maior chance de desenvolver demência, bem como exames laboratorias e possibilidades de tratamento", explica a palestrante.