23 de jul. de 2011

Pesquisa realizada na USP investiga: Mudanças no estilo de vida ajuda idosos com problemas de memória?

Para a realização de uma pesquisa séria sobre os efeitos do tratamento da obesidade na memória, o ambulatório de obesidade do serviço de endocrinologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/USP) seleciona pacientes obesos com 60 anos ou mais e que apresentem problemas em relação à memória ou ao desempenho cognitivo.

O recrutamento faz parte do processo de um estudo que oferecerá tratamento médico e dietético aos voluntários. Os interessados devem entrar em contato com a médica geriatra Nídia Horie pelo telefone (11 2365-8517) ou pelo e-mail da pesquisadora: nidia.horie@usp.br.

A investigação dá os caminhos para o doutorado em andamento de Nídia, que está sob orientação da endocrinologista Cíntia Cercato. De acordo com a geriatra, a obesidade aumenta o risco de a pessoa desenvolver demência quando envelhece.

“Além disso, quem é obeso, mesmo mais jovem, já apresenta pior desempenho em alguns testes cognitivos, em comparação ao magros”, diz Nídia, que é médica do ambulatório de obesidade do serviço de geriatria do HC/USP.

A ideia do projeto, segundo ela, é fazer com que os voluntários com 60 anos ou mais sigam uma dieta com restrição calórica. “Dessa maneira, vamos avaliar se, através da perda de peso, é possível diminuir a perda cognitiva em pessoas com comprometimento cognitivo leve”, explica.

Entende-se por comprometimento cognitivo leve um um declínio cognitivo maior do que o esperado para idade e a escolaridade do indivíduo, mas que não interfere notavelmente nas atividades de vida diária. O estudo, vale salientar, não incluirá quem já tem demência, mas sim pessoas que têm o risco aumentado de desenvolvê-la.

Alguns artigos científicos, como destaca o projeto de pesquisa de Nídia, mostram a obesidade na vida adulta como fator de risco para doença de Alzheimer em idosos. E o comprometimento cognitivo leve é uma condição que pode preceder a demência.

Para a pesquisa, devem ser avaliados 80 pacientes obesos, na faixa etária já informada, independentes para a maior parte das atividades da vida diária, alfabetizados e capazes de caminhar. Todos devem ter comprometimento cognitivo leve.

Eles serão divididos, de forma aleatória, em dois grupos que serão acompanhados por 12 meses: um receberá assistência médica convencional e o outro contará com acompanhamento nutricional individual e em grupo, com o objetivo de promover perda de peso através de restrição calórica. Tudo será feito com acompanhamento médico. Além disso, os participantes da pesquisa serão orientados para prática de atividade física.

Antes e após 12 meses os pacientes serão avaliados com base na composição corporal, no desempenho físico, no controle de comorbidades (doenças associadas à obesidade e ao comprometimento cognitivo leve) e nos exames laboratoriais.

Também será levado em consideração, durante a investigação pré e pós-pesquisa, o comportamento dos participantes diante de uma bateria neuropsicológica e de questionários sobre atividades de vida diária, atividade física e dieta.

22 de jul. de 2011

Como está a sua saúde visual?

Algumas atitudes podem propiciar a saúde visual, tais como a visita anual ao oftalmologista, o exame de fundo de olho, o controle da pressão ocular, como também uma nova prescrição de lentes corretivas proporciam a um diagnóstico preventivo.

Todas estas ações, paralela, ao conhecimento das informações sobre hábitos saudáveis podem favorecer a saúde visual e isto propiciar uma longevidade saudável.

Para obter mais informações, vale a pena conferir o site:http://oticavilaprudente.com.br/

Nele estão reunidos conteúdos bem interessantes para esclarecer sobre as várias alterações visuais como a miopia, hipermetropia, entre outras, informações sobre como escolher uma armação do óculos que mais se adeque ao formato do rosto, enfim com muitas dicas para favorecer a saúde visual.

Confira!!

20 de jul. de 2011

20 de julho: Dia do Amigo-A importância da amizade na velhice

Um sinal de bem estar na velhice é a presença de amigos e para celebrar o Dia do Amigo, selecionei este texto que achei bem interessante.

Um bom amigo para uma boa velhice

A amizade ajuda aos mais velhos "atendendo-lhes as necessidades e suprindo as atividades que declinam por efeito dos anos", diz Aristóteles. Sócrates declara no Lísis , de Platão, que em toda a sua vida, sempre teve um ardente desejo de amizade, mais que qualquer outra coisa no mundo. Talvez lá, já vislumbrasse o que várias correntes, da antropologia à psicologia, constatam agora: a tese de que ter bons amigos pode prolongar a vida.

Pesquisas apontam a amizade como fator determinante para a longevidade: quanto mais amigos, mais chances de uma vida longa e feliz. É crescente o coro dos que acreditam que um amigo pode fazer a diferença no mundo. E a amizade ajuda não apenas a viver mais, como a viver melhor. Quanto mais amigos, mais chances de chegarmos à velhice sem problemas físicos e com maior capacidade de adaptação e aceitação das dificuldades inerentes ao envelhecer. Do contrário, pessoas que não têm amigos, são mais vulneráveis a doenças.

A amizade pode conter em si a síntese do que é essencial em qualquer tempo: movimentar-se em direção ao outro e a si mesmo, exercitar o afeto, aceitar as diferenças, tolerar, trocar experiência, refletir acerca do que somos e do nosso papel. É a chance da (re)descobrir o que há de mais humano em cada um. É estar aberto às possibilidades e ao exercício da liberdade. Própria e do outro.

Onde mais será permitido olhar, perguntar, fazer gestos além do corpo, questionar tabus, ler, discutir o trágico da vida e o que ela tem de sublime, divertir-se, brincar, enxergar além do curto alcance do olhar? Assumir as diferenças e aceitar o novo, o estranho?

Onde mais dividir a experiência de envelhecer na sociedade e nas circunstâncias atuais, que envolvem além de saúde, doença e medo de morrer, temas como aposentadoria, retorno às salas de aula, realização de sonhos antigos, novos amores, relações familiares, diferenças de gênero, imposições e pressões sociais e culturais, perdas e recomeços necessários, saída dos filhos de casa, viuvez, institucionalização? Onde mais a vida pode ser profícua?

O amigo é um amparo na medida em compreendemos que viver, abrir espaço para o outro, cuidar, participar é o que importa.

Todavia, se encontrar um amigo na juventude é tarefa árdua e para a qual não somos preparados, que dirá na velhice, quando recolhimento e isolamento muitas vezes se impõem, encapsulados que vivem os velhos, e a amizade somente frutifica no contato, na sociabilidade?

Podemos conceber alternativas. A inserção do velho nos círculos sociais é condição primeira para o alívio dos males que o afetam e que o adoecem. Ao lhe dar permissão para falar, para expressar sentimentos e afetos, para trazer à tona suas reminiscências, aprendemos, fundamentalmente.

Por ter o que contar, pela tendência a revisitar o passado, a memória do velho alarga os horizontes da cultura, diz Bosi. É pela densidade biográfica que ele se diferencia dos mais jovens e no que contribui para as gerações futuras. Os velhos assumem, assim, uma nova função social, qual seja a de lembrar e contar para as gerações mais jovens, as suas experiências, seus aprendizados, suas origens. Tornam-se a memória da família, do grupo, da sociedade.

Os grupos formados por pessoas da mesma faixa etária e os que promovem as trocas intergeracionais são exemplos de iniciativas que se proliferam e que tornam o desfrutar da companhia de outros um prazer. O acolhimento do grupo pode ser determinante a assimilação de novas atitudes, melhora a percepção do velho sobre si mesmo.

Ajudam também a fortalecer laços e a desfazer estereótipos. Pelo contato com pessoas mais velhas, os jovens desenvolvem espírito mais solidário. Para os velhos, a contrapartida é sentirem-se úteis e valorizados, mais confiantes. Ambos podem ser surpreendidos pela possibilidade da troca de afeto com pessoas de outra geração, fora do círculo familiar.

Nos grupos intergeracionais em particular, as relações de amizade não são firmadas por semelhanças ou identificações. É a partir das diferenças que elas se fortalecem ao permitir, para além da artificialidade, que a história de cada um seja preservada no ato de acolher o outro.

Contradições e incertezas estarão sempre presentes, cabe aos homens encontrarem caminhos e alternativas que viabilizam a expansão do conhecimento e do saber com vista à promoção e ao bem estar social de todos, além da construção de um mundo mais justo, humano e criativo (Novaes, 1999, p.37).

Se a existência é mais rica, mais plena e verdadeira na exata medida em que mais se conhece, é preponderante assumir e buscar uma ação possível, que estimule mudanças de comportamentos, conceitos, valores, ideais e práticas sociais. Que leve à compreensão do que nos circunda para além do consumismo, do individualismo, do círculo carência/satisfação e frustração crônica que nos envolve e define. Que nos afaste da imediaticidade da vida e reforce nossa capacidade de comunhão com a realidade.

Cabe à sociedade, à família lutar para que o bem-estar dessa vida mais longa possa ser maior e tornar o ambiente mais acolhedor, caloroso, afetuoso.

Por Maria da Luz Miranda 17/08/2006
O texto faz parte da monografia "Amizade na velhice", fruto do projeto de especialização em Filosofia Contemporânea pela PUC-RJ.

Reflexão: será que você sabe cultivar as amizades como deveria?

Para tentar responder a esta pergunta, faça o teste, acessando: http://migre.me/5j1wC

11 de jul. de 2011

Frio gera dores musculares em idosos

As baixas temperaturas do inverno causam dores em uma grande parcela da população.

E esse incômodo é mais comum nos pacientes com mais de 60 anos, explica o ortopedista Paulo Ricardo da Costa, do Hospital Estadual Albert Schweitzer, na zona oeste do Rio. "Embora existam poucos estudos que liguem a temperatura baixa à dor, essa é uma associação muito comum sentida pelos pacientes idosos. É uma dor que pode ser aguda e até incapacitante. Mas as mais comuns são as dores persistentes, irritantes", explica o médico.

As dores do inverno ocorrem porque a baixa temperatura provoca uma constrição dos vasos sanguíneos - ou seja, os vasos se fecham e há menos aporte de sangue para o organismo. Os músculos ficam mais tensos e podem sofrer contrações involuntárias, o que provoca a dor. Pessoas que já têm doenças como hérnia, artrite e artrose acabam tendo o problema agravado.

Outro fenômeno provocado pelo frio é o espessamento do líquido sinovial, que lubrifica as articulações. "Esse espessamento provoca a dor articular", explica o ortopedista Marcelo Soares, que trabalha na Cardiomex - Clínica Médica Desportiva. O quadro é agravado por posturas ruins ao longo do dia.

A aposentada Selma Maria Margato Marques, de 68 anos, entende bem das dores do inverno. "Eu já não tenho cartilagem entre as vértebras da coluna. É um caso cirúrgico, mas eu me recuso a operar, porque é uma cirurgia muito invasiva. A friagem piora tudo. No inverno, sofro com as dores 24 horas por dia", conta. Selma sabe, no entanto, que abre mão de um importante aliado no combate ao desconforto - o exercício físico. "Estou esperando o tempo melhorar para frequentar a Academia da Terceira Idade", diz, referindo-se a um programa da prefeitura do Rio, que instalou pela capital do Estado três dezenas de módulos de aparelhos para ginástica, voltados aos idosos.

Prevenção. O exercício físico alivia a dor porque protege os músculos e previne cãibras. O alongamento também evita o encurtamento dos músculos. Movimentar-se, mesmo dentro de casa, também é importante.

Drº Costa lembra que o idoso deve ser mantido aquecido, por ser mais sensível ao frio, mas é preciso evitar a sobreposição de roupas, que causa transpiração. "Idosos e crianças têm maior facilidade para a desidratação. É preciso garantir a mesma ingestão de líquidos do verão para evitá-la", explica.

Fonte: http://migre.me/5e5Q7

4 de jul. de 2011

Novo remédio avança no combate a Doença de Alzheimer

Tratamento encontra meio de enfrentar a doença diretamente no cérebro

Todos os remédios criados para combater a Doença de Alzheimer até hoje tiveram sucesso apenas parcial.

A causa: é muito difícil criar moléculas que passem pela barreira hematoencefálica, uma fortaleza que seleciona os componentes do sangue que entram no cérebro. Por isso, as tentativas de atacar as placas de proteína beta-amiloide, que se acumulam no cérebro e causam a perda das funções cognitivas, como a memória, acabam gerando poucos resultados.

Pesquisadores de biotecnologia da Genentech, uma companhia conhecida por criar tratamentos contra o câncer baseados em anticorpos, afirmam, porém, ter desenvolvido uma forma de passar por essa barreira e chegar ao cérebro.

Suas descobertas, divididas em dois estudos publicados na revista Science Translational Medicine, podem representar tratamentos eficazes para o Alzheimer, esquizofrenia, Parkinson e até mesmo autismo. "Eles abrem uma nova fronteira no tratamento baseado em anticorpos", afirmou Mark Dennis, um dos cientistas da Genentech.

O que acontece atualmente?